Há muito tempo, em uma vila distante, vivia um casal de
simpáticos velhinhos. Num certo dia, o velhinho colhia gravetos de madeira na
montanha e a velhinha lavava roupas no riacho. Enquanto esfregava as roupas,
ela viu um pêssego enorme flutuando no rio e, com alguma dificuldade, conseguiu
alcançá-lo.
Ela carregou o pêssego para casa, parando diversas vezes no
caminho para descansar. O velhinho chegou em casa no final da tarde e ficou
muito contente quando viu a enorme fruta. “Que lindo pêssego, parece delicioso!”,
disse o velhinho. Quando se preparavam para fatiá-lo, o pêssego se mexeu. “Esta
vivo, está vivo”, disse a velhinha.
De repente, um pequeno menino saiu de dentro. Estarrecidos,
os dois ficaram olhando e examinando. Como não tinham filhos, eles ficaram
muito contentes e resolveram adotar o menino. Decidiram que seu nome seria
Momotaro.
O tempo passou e, quanto mais Momotaro crescia, mais
saudável ficava. Numa certa noite, ele ouviu conversas sobre os Onis, monstros
que atacavam as aldeias e assustavam os moradores locais. Ele ficou tão bravo
que tomou uma decisão: iria à Ilha dos Onis para combatê-los.
A princípio, seus pais ficaram muito assustados, mas
gostaram de ver a coragem do filho. Apesar do medo que sentiam, os velhinhos
prepararam diversos bolinhos, os kibidangos, para Momotaro levar na viagem.
Na manhã seguinte, Momotaro partiu, levando consigo os
kibidangos. No caminho, ele encontrou um cachorro. “Momotarosan, Momotarosan,
por favor, dê-me um bolinho e eu irei com você enfrentar os Onis”, disse o
cachorro. Momotaro deu-lhe um kibidango e o cachorro partiu com ele.
Mais adiante, encontraram um macaco. “Momotarosan,
Momotarosan, o que você leva neste saquinho?”. “São kibidangos, os deliciosos
bolinhos, os melhores do Japão”.” Pode me dar um? Assim eu irei com vocês”. E
assim foi feito. Momotaro, o cachorro e o macaco seguiram o caminho juntos e,
mais à frente, viram um faisão. Ele também pediu e ganhou um kibidango e assim
seguiram os quatro.

O macaco, com toda sua agilidade, escalou o alto portão e o
destrancou por dentro. Todos entraram no castelo e deram de cara com os
horrendos Onis, que se levantaram e encararam os quatro. “Sou Momotaro e vim
enfrentá-lo”. Travou-se então uma grande luta. O faisão voava e, com seu bico
afiado, feria os inimigos. O cachorro corria em volta do Onis e lutava com
dentadas, enquanto o macaco utilizava suas unhas.
Finalmente, após muita luta, Momotaro e seus companheiros
derrotaram os Onis. “Nunca mais vamos invadir as aldeias e prejudicar os
moradores, nós prometemos. Por favor, poupe nossas vidas “, disse o chefe dos
Onis.
Compreensivo e bondoso, Momotaro perdoou os Onis. Em troca,
o chefe ofereceu-lhe os tesouros que eles vinham roubando das aldeias. Eram
moedas de ouro, pedras preciosas e outros objetos de grande valor. Momotaro
retornou para casa e, quando seus pais o viram, não puderam acreditar. Ele
estava salvo e carregava um grande tesouro, que foi dividido entre todos os
moradores da aldeia.
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