sábado, 18 de março de 2017

Brasil e Japão devem aprofundar cooperação com pesquisas em espaço, mar e TICs


Brasil e Japão devem aprofundar cooperação com pesquisas em espaço, mar e TICs


Créditos: Explore Mídia


O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, e o embaixador do Japão no Brasil, Satoru Satoh, planejaram nesta quarta-feira (8) os próximos passos da cooperação bilateral, que deve aprofundar as parcerias no desenvolvimento de pesquisas em espaço, mar e tecnologias da informação e comunicação (TICs). Esses são os possíveis temas da 5ª Reunião do Comitê Conjunto Brasil-Japão para Cooperação Científica e Tecnológica, a ser realizada em Brasília.
"A minha sugestão é que possamos desenvolver um plano de ação para elevar a nossa cooperação a um nível ainda mais alto", disse Kassab, ao propor um trabalho conjunto da Assessoria Especial de Assuntos Internacionais do MCTIC com a Embaixada do Japão. "O ministério se coloca à disposição para dar continuidade construtiva a essa parceria que se estabeleceu em 1984."
Satoru Satoh destacou os quase 33 anos da assinatura do Acordo sobre Cooperação no Campo da Ciência e Tecnologia. "Considerando essas parcerias bem-sucedidas na área espacial, em pesquisa marinha e em TICs, gostaríamos de realizar o quanto antes a 5ª Reunião do Comitê Conjunto", propôs, ao recordar que o Japão promoveu a quarta edição do encontro em novembro de 2015, em Tóquio, com ênfase em agricultura, biotecnologia, ciências espaciais e marinhas, prevenção de desastres naturais e TICs.
Tradição
O embaixador citou como exemplo de sucesso os projetos para uso de imagens do satélite japonês Alos para monitoramento de desastres naturais e desmatamento ilegal no Brasil. "Agora, estamos com o Alos-2", informou. "Se pudermos dar continuidade a essa cooperação espacial, seria interessante."
Ele recordou o lançamento, em janeiro, do Ubatubasat – equipamento construído por estudantes do ensino fundamental da Escola Municipal Presidente Tancredo de Almeida Neves, de Ubatuba (SP), a partir da Estação Espacial Internacional, a bordo do módulo experimental Kibo JEM, operado pela Agência Espacial Japonesa (Jaxa, na sigla em inglês).
Para Satoru Satoh, os dois países têm condições de realizar cruzeiros oceanográficos como a expedição Iatá-Piúna, que em 2013 explorou regiões inéditas do oceano Atlântico Sul, por meio do navio de pesquisa Yokosuka e do submarino Shinkai 6500. "Esse projeto permitiu conhecer águas profundas da Elevação do Rio Grande e da Cordilheira de São Paulo, em cooperação da Agência Japonesa de Ciências do Mar e da Terra, a Jamstec, com entidades brasileiras como o MCTIC e a Universidade de São Paulo [USP]."
Segundo o embaixador, o MCTIC pode contribuir com o governo federal na definição das prioridades brasileiras no Acordo de Cooperação para a Promoção de Investimentos em Infraestrutura, assinado em outubro de 2016 pelo presidente Michel Temer e pelo primeiro-ministro japonês, Shinzō Abe. "Uma série de áreas estão sendo contempladas: logística, energia e TICs", comentou. "Estamos organizando para maio a primeira reunião à luz desse memorando e gostaríamos de contar com a colaboração do ministério."
As relações nipo-brasileiras incluem, ainda, a adoção do Serviço Integrado de Transmissão Digital Terrestre (ISDB-T). De acordo com Satoru Satoh, o Japão espera expandir a cooperação em TV digital para outras áreas de TICs.
Fonte: MCTIC

Fotos projeto Ubatubasat












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